Publicado em 1887 por um jovem oftalmologista polonês, L. L. Zamenhof, o Esperanto não foi criado para substituir as demais línguas do mundo. Pelo contrário! O uso de uma língua que não dá privilégios a este ou aquele grupo de países. Só vem valorizar a importância das línguas nacionais na expressão de suas culturas. E é por isso, claro, que o Esperanto é internacional. Se fosse propriedade de alguém, de algum lugar, de alguma corrente ideológica, perderia sua principal característica, que o torna independente e aceito em qualquer lugar: a neutralidade.

Sim, existem muitos meios de se ter contatos internacionais - o Esperanto é apenas um deles. No entanto, merece uma atenção toda especial, por algumas características que o tornam único.

O Esperanto é uma língua sonora?

São muitos os conjuntos e cantores que gravam em Esperanto no mundo inteiro. Flávio Fonseca, que é músico profissional em Brasília - compositor, maestro e arranjador -, tornou-se esperantista justamente pela sonoridade da língua. Flávio já gravou álbuns também em Esperanto. Antes de ser musicada, sua letra de Babelturo (Torre de Babel) foi premiada na categoria "canção" no concurso internacional de 1993 da Associação Universal de Esperanto, na Holanda. Gravada, ela fez parte de uma coletânea internacional, Vinilkosmo-Kompil', editada pela Eurokka.

Que outras vantagens se têm sabendo Esperanto?

Além do contato com pessoas comuns de tantos diversos países, para aqueles que viajam ao exterior saber Esperanto pode ser especialmente útil. O Pasporta Servo é um dos catálogos de pessoas que oferecem hospedagem para viajantes. Pode-se assim ter um contato direto com a vida familiar e cotidiana de outro país. O esperantista em viagem não fala apenas com os funcionários do hotel ou os balconistas do aeroporto!

Existem redes de delegados, que prestam consultoria gratuita em suas áreas de especialidade, abrangendo uma enorme variedade de assuntos, técnicos ou não.

A cultura esperantista é um tanto especial, quase única no mundo, pelas influências tão variadas que recebeu. A prestigiada Associação Internacional de Escritores, PEN, reconheceu essa cultura oficializando sua seção PEN - Esperanto. Até então, com exceção da seção dos escritores de língua cigana, todas as outras seções estavam diretamente relacionadas a uma região geográfica.

Some-se a isso o acesso a inúmeras culturas e realidades diferentes, podendo receber através da imprensa, em Esperanto, informações privilegiadas, escritas por quem está vivenciando os fatos. Já lhe ocorreu que só em poucos países temos correspondentes de jornais brasileiros? Grande parte das notícias que recebemos é duplamente "traduzida", não só do ponto de vista da língua, mas pior: do ponto de vista de alguém de um terceiro país!

Saiba mais sobre Esperanto: www.esperanto.org.br